Amigos...

Eu sou muito dada a desilusões, talvez por ser muito sensível, e por vezes sentir pequenas traições, e senti-las de uma maneira que dói muito.
Tenho poucos amigos, não sou pessoa de telefonar para desabafar, nunca fui, desabafo quando se apercebem que não tou bem e têm que me perguntar, porque ser eu a procurar alguém para o fazer, nunca o fiz…apenas com o meu homem, o faço, mais facilmente e porque ele percebe logo quando não estou bem.
Gostava de ser diferente, gostava de procurar ajuda quando preciso, não o faço, não sei porquê, talvez por não querer chatear os outros com as minhas coisas.
Sei que tenho algumas pessoas que se preocupam comigo, mas não quero chatear ninguém, não tenho essa direito.
Nunca tive muitos amigos, talvez por isso, aprendesse ao longo da vida, a guardar tudo para mim e a ultrapassar todos os momentos menos bons.
Quando falo de amigos, falo de amigos a sério, que estão quando é preciso, que procuram por ti, que se preocupam, porque se falarmos de amigos para sair, ir ao café, nights e parvoeiras, isso tenho alguns, mas para mim amigo, é muito mais que isso.
Quando a minha pimpolha nasceu, deixei de dar importância a certas coisas, que anteriormente seria um drama na minha vida, mas a partir dessa altura deixei de ser tão sensível, mas ainda continuo a dar importância a coisas que devia por para trás das costas.
Gostava tanto de não ser assim, de não ligar a uma não resposta a um email, a uma sms, e a resposta ser sempre a mesma..."não tive tempo...", eu sei o que é isso, tenho uma filha, apesar de tar desempregada, falta-me tempo para muitas coisas, mas arranjo sempre um bocadinho para enviar uma sms, um email, a quem gosto apenas, com um " Tás bem?", às vezes apenas isso faz toda a diferença, demonstra atenção, preocupação e carinho…mas enfim… não há tempo.